29 de setembro de 2015

Desculpagentepeloamordedeus.com

Queridos, perdoem-me. Desde que voltei a Belém, minha vida tem sido uma bagunça que vezes me diverte, vezes quero dar uma voadora em alguém (queeeeem nunca). Tenho estado ausente no blog por conta de milhares de compromissos. Prometo ver alguma entrevista com o Bolsonaro em sinal de autopenitencia. Mas vamos ao post:

(não tão) Recentemente, entrevistei a simpática Carla Bichara, dona da James Brownie. Depois de uma mini-palestra dela na Muvuquinha, não deu pra segurar a vontade de saber mais dessa empresa que, apesar de jovem, já tem um conceito muito bem definido graças à perspicácia da Carla e, claro, nós lindos publicitários. Hoje a James Brownie é presente em vários pontos em Belém e compete em pé de igualdade com empresas de fora aqui na capital. Atualmente possui 15 mil curtidas no Facebook e 13 mil seguidores no Instagram. Tá bom pra você?

1) Eu já falei um pouquinho sobre você no Rotino, mas conte-me um pouco sobre como surgiu o James Brownie.
O James Brownie surgiu de uma brincadeira despretensiosa de publicar brownies no Instagram – rede que se transformou, mais tarde, em um forte canal de vendas e de feedback de clientes. Digo que descobri um sonho que não sabia que tinha e que me fez muitíssimo feliz. Mesmo sem a intenção de angariar compradores de brownie, que logo mais vim a entender que se tratava de clientes e de um produto – as publicações começaram a viralizar e a demanda cresceu ao ponto de me fazer abrir mão, naquele momento, de minha vida profissional e acadêmica inteiramente ligada ao Direito. Foi então, na terceira semana de publicações do que viria a se tornar de fato um produto, que percebi que estava apaixonada pela combinação “brownie + redes sociais + alegria”. No terceiro mês disso tudo, ainda com 1 funcionária apenas, e com a produção montada de maneira improvisada na sala de minha casa, recebemos a encomenda de uma grande quantidade de brownies que nos possibilitou mudar para a sede onde hoje funciona a fábrica do James Brownie – momento de formalização da empresa e de contratação de mais funcionários.

2) Como você definiria a imagem da empresa?
O James Brownie não acorda para vender doces. Acordamos para vender felicidade. E mais do que isso, acordamos, hoje, com o propósito de vender felicidade e impactar positivamente nossa região. É um desafio imenso – e pode soar prepotente. Mas a verdade é que reconhecemos o papel das pequenas empresas no desenvolvimento das cidades, da economia e da sustentabilidade – e, ainda a passos muito curtos, mas não menos genuínos, buscamos traçar um futuro diferente, mais comprometido com uma gestão de felicidade da equipe James Brownie, com a destinação certa de nossos resíduos e com a sustentabilidade de todos os processos internos de fabricação. É um sonho alto, diria, um “sonho grande” – que nos move e que nos faz acreditar na rentabilidade nos moldes de redefinição do conceito de sucesso e de lucro. Um dia chegaremos lá. Nas redes sociais, já interagimos em primeira pessoa, através de um mascotinho super descolado, e criamos colunas que permitam trazer mais conteúdo para nossas redes – já que são nelas que as pessoas buscam aliviar a correria do dia-a-dia – comprando alegria e um bocado de descontração ao distribuir likes conscientes e participativos em nossas publicações. Ficamos felizes com isso.

3) Como é a sua relação (como empresária) com a agência que cuida da publicidade do JB?
Tenho uma excelente relação com a agência Ovelha Negra, que gerencia e cria conteúdo para as redes JB. Iniciei um negócio de maneira muito amadora, diria sensitiva, intuitiva – havia necessidade urgente de terceirizar a comunicação. Ora, em tempos de vendas via Instagram, Facebook e outras redes, precisamos investir em quem fará isso melhor do que nossa intuição. Profissionalizar fotos, textos, conteúdo e, sobretudo, linguagem a representar a voz de nossas redes, foi um passo fundamental para estarmos caminhando para 1 ano e 7 meses de JB – com muita vontade de criar coisas novas e ganhar vida longa. Ainda somos uma empresa bebe, mas já entendemos que o pulo do gato, na era em que estamos, está intrinsicamente ligado ao visual. Das redes, das fotos, dos produtos, das embalagens – sendo estes a materialização visível de nosso propósito, que é vender felicidade. Adoro estar perto da criação das campanhas, estratégias e posicionamento – diria que minha relação com a agência é de um casamento que vem dando certo.

4) Você tem uma noção muito boa de Marketing mesmo tendo outra formação acadêmica. A partir de qual momento você percebeu que a publicidade é fundamental para a sua empresa?
Acredito muito que as pessoas de sucesso, assim como os negócios de sucesso são movidos por um propósito que os move e que os representa. Tudo que é feito com propósito tende a frutificar mais do que aquilo que é feito mecanicamente, movido tão somente por satisfação financeira. No início da empresa, ainda quando atuava na informalidade – vi acontecer em torno do produto uma “rede de gentilezas” – isso significava que as pessoas que compravam o produto, ou indicavam para outros amigos – ou compravam para si e também para presentear. Achei esse movimento fantástico, gentil e rentável. É o bonito gesto de comprar pensando em si e no outro. E, percebia que isso se devia à embalagem feliz, à comunicação próxima com os clientes – já que era um negócio muito pequenino. Logo constatei que nosso propósito precisava ser comunicado de maneira profissional, precisávamos espalhar felicidade de maneira mais incisiva nas redes sociais – e não há melhor saída do que contratar um bom serviço de publicidade – sobretudo por uma agencia que não prostitua esse serviço, que tenha a mesma visão de cuidado com os clientes e com as contas que adota.

 5) Quais são os planos futuros para o James Brownie?
O James Brownie é uma empresa bebe com uma vontade enorme de crescer e de trazer impactos positivos para nossa região. Hoje estamos com 21 pessoas na equipe, a fábrica/loja na Gentil, um quiosque no Boulevard e cerca de 60 pontos de revenda do produto. Nesse 1 ano e 7 meses, podemos dizer que já nos reinventamos algumas vezes e estamos buscando entender nosso papel no mercado. Uma coisa é certa, temos sonhos grandes, um pouquinho mais de experiências, boas e ruins, e um futuro pela frente que estamos traçando – decidindo qual melhor caminho para expansão de nosso propósito por outras regiões. De toda forma – seremos felizes se conseguirmos “chegar lá” com a vontade de sermos melhores para o mundo. É tão difícil, soa como utópico, mas não cansamos de sonhar assim.

Carla, nós do Rotino desejamos todo o sucesso e que a JB expanda suas fronteiras mais ainda <3 é muito lindo ver uma empresa regional se impor no mercado, principalmente quando comandada por uma mulher (#girlpower). Esperamos ter mais oportunidades de bater um papo pra contar mais façanhas desse cara simpático, e, claro, super doce.

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