Queridos, perdoem-me. Desde que
voltei a Belém, minha vida tem sido uma bagunça que vezes me diverte, vezes
quero dar uma voadora em alguém (queeeeem nunca). Tenho estado ausente no blog
por conta de milhares de compromissos. Prometo ver alguma entrevista com o
Bolsonaro em sinal de autopenitencia. Mas vamos ao post:
(não tão) Recentemente,
entrevistei a simpática Carla Bichara, dona da James Brownie. Depois de uma
mini-palestra dela na Muvuquinha, não deu pra segurar a vontade de saber mais
dessa empresa que, apesar de jovem, já tem um conceito muito bem definido
graças à perspicácia da Carla e, claro, nós lindos publicitários. Hoje a James
Brownie é presente em vários pontos em Belém e compete em pé de igualdade com
empresas de fora aqui na capital. Atualmente possui 15 mil curtidas no Facebook
e 13 mil seguidores no Instagram. Tá bom pra você?
1) Eu já falei um
pouquinho sobre você no Rotino, mas conte-me um pouco sobre como surgiu o James
Brownie.
O James Brownie surgiu de uma
brincadeira despretensiosa de publicar brownies no Instagram – rede que se
transformou, mais tarde, em um forte canal de vendas e de feedback de clientes.
Digo que descobri um sonho que não sabia que tinha e que me fez muitíssimo
feliz. Mesmo sem a intenção de angariar compradores de brownie, que logo mais
vim a entender que se tratava de clientes e de um produto – as publicações
começaram a viralizar e a demanda cresceu ao ponto de me fazer abrir mão,
naquele momento, de minha vida profissional e acadêmica inteiramente ligada ao
Direito. Foi então, na terceira semana de publicações do que viria a se tornar
de fato um produto, que percebi que estava apaixonada pela combinação “brownie
+ redes sociais + alegria”. No terceiro mês disso tudo, ainda com 1 funcionária
apenas, e com a produção montada de maneira improvisada na sala de minha casa,
recebemos a encomenda de uma grande quantidade de brownies que nos possibilitou
mudar para a sede onde hoje funciona a fábrica do James Brownie – momento de
formalização da empresa e de contratação de mais funcionários.
2) Como você definiria a imagem da empresa?
O James Brownie não acorda para
vender doces. Acordamos para vender felicidade. E mais do que isso, acordamos,
hoje, com o propósito de vender felicidade e impactar positivamente nossa
região. É um desafio imenso – e pode soar prepotente. Mas a verdade é que
reconhecemos o papel das pequenas empresas no desenvolvimento das cidades, da
economia e da sustentabilidade – e, ainda a passos muito curtos, mas não menos
genuínos, buscamos traçar um futuro diferente, mais comprometido com uma gestão
de felicidade da equipe James Brownie, com a destinação certa de nossos
resíduos e com a sustentabilidade de todos os processos internos de fabricação.
É um sonho alto, diria, um “sonho grande” – que nos move e que nos faz
acreditar na rentabilidade nos moldes de redefinição do conceito de sucesso e
de lucro. Um dia chegaremos lá. Nas redes sociais, já interagimos em primeira
pessoa, através de um mascotinho super descolado, e criamos colunas que
permitam trazer mais conteúdo para nossas redes – já que são nelas que as
pessoas buscam aliviar a correria do dia-a-dia – comprando alegria e um bocado
de descontração ao distribuir likes conscientes e participativos em nossas
publicações. Ficamos felizes com isso.
3) Como é a sua relação (como empresária) com a agência que cuida da
publicidade do JB?
Tenho uma excelente relação com a
agência Ovelha Negra, que gerencia e cria conteúdo para as redes JB. Iniciei um
negócio de maneira muito amadora, diria sensitiva, intuitiva – havia
necessidade urgente de terceirizar a comunicação. Ora, em tempos de vendas via
Instagram, Facebook e outras redes, precisamos investir em quem fará isso
melhor do que nossa intuição. Profissionalizar fotos, textos, conteúdo e,
sobretudo, linguagem a representar a voz de nossas redes, foi um passo
fundamental para estarmos caminhando para 1 ano e 7 meses de JB – com muita
vontade de criar coisas novas e ganhar vida longa. Ainda somos uma empresa
bebe, mas já entendemos que o pulo do gato, na era em que estamos, está
intrinsicamente ligado ao visual. Das redes, das fotos, dos produtos, das
embalagens – sendo estes a materialização visível de nosso propósito, que é
vender felicidade. Adoro estar perto da criação das campanhas, estratégias e
posicionamento – diria que minha relação com a agência é de um casamento que
vem dando certo.
4) Você tem uma noção
muito boa de Marketing mesmo tendo outra formação acadêmica. A partir de qual
momento você percebeu que a publicidade é fundamental para a sua empresa?
Acredito muito que as pessoas de
sucesso, assim como os negócios de sucesso são movidos por um propósito que os
move e que os representa. Tudo que é feito com propósito tende a frutificar
mais do que aquilo que é feito mecanicamente, movido tão somente por satisfação
financeira. No início da empresa, ainda quando atuava na informalidade – vi
acontecer em torno do produto uma “rede de gentilezas” – isso significava que
as pessoas que compravam o produto, ou indicavam para outros amigos – ou
compravam para si e também para presentear. Achei esse movimento fantástico,
gentil e rentável. É o bonito gesto de comprar pensando em si e no outro. E,
percebia que isso se devia à embalagem feliz, à comunicação próxima com os
clientes – já que era um negócio muito pequenino. Logo constatei que nosso
propósito precisava ser comunicado de maneira profissional, precisávamos
espalhar felicidade de maneira mais incisiva nas redes sociais – e não há melhor
saída do que contratar um bom serviço de publicidade – sobretudo por uma
agencia que não prostitua esse serviço, que tenha a mesma visão de cuidado com
os clientes e com as contas que adota.
5) Quais são os planos futuros
para o James Brownie?
O James Brownie é uma empresa
bebe com uma vontade enorme de crescer e de trazer impactos positivos para
nossa região. Hoje estamos com 21 pessoas na equipe, a fábrica/loja na Gentil,
um quiosque no Boulevard e cerca de 60 pontos de revenda do produto. Nesse 1
ano e 7 meses, podemos dizer que já nos reinventamos algumas vezes e estamos
buscando entender nosso papel no mercado. Uma coisa é certa, temos sonhos
grandes, um pouquinho mais de experiências, boas e ruins, e um futuro pela
frente que estamos traçando – decidindo qual melhor caminho para expansão de
nosso propósito por outras regiões. De toda forma – seremos felizes se
conseguirmos “chegar lá” com a vontade de sermos melhores para o mundo. É tão
difícil, soa como utópico, mas não cansamos de sonhar assim.
Carla, nós do Rotino desejamos
todo o sucesso e que a JB expanda suas fronteiras mais ainda <3 é muito
lindo ver uma empresa regional se impor no mercado, principalmente quando comandada
por uma mulher (#girlpower). Esperamos ter mais oportunidades de bater um papo
pra contar mais façanhas desse cara simpático, e, claro, super doce.
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